
(19.701hectares), mas em produtividade.
Desde a sua criação, a Maisa apresenta um aumento contínuo de produção (na safra 2005/2006 foram colhidos 340 toneladas de alimentos. Na safra 2006/2007, esse número passou para 900 toneladas. Agora, na safra em vigência, a produção já ultrapassa duas mil toneladas). Os números representam um assentamento jovem, com menos de cinco anos de criação, em pleno desenvolvimento.
As famílias assentadas festejam o desempenho do projeto. Para elas, o desenvolvimento da Maisa representa a realização de um sonho vivenciado diaa- dia, quando estavam acampadas em frente ao imóvel. “Essas famílias permaneceram mais de três anos em baixo de barracas, até conseguirem a desapropriação da terra”. O desabafo é da trabalhadora rural Vânia Maria de Oliveira, que está na área desde a época do acampamento. Ela mora na agrovila Paulo Freire, uma das dez construídas no local, com o marido e três filhos pequenos. “Hoje tenho minha casa, meu pedaço de terra para plantar e colher. Crio meus filhos com dignidade”, diz Vânia Maria.
Histórico
O Incra desapropriou a Maisa em 2004, quando o imóvel rural não cumpria seu papel social, de acordo com a Constituição Brasileira. Portanto, a Maisa (de propriedade da Empresa Mossoró Agro-Indústria S/A, uma sociedade anônima, que tinha uma diretoria executiva) estava improdutiva. Na época, a desapropriação custou aos cofres públicos R$ 8.909.077,48, preço de mercado pela terra nua e pelas benfeitorias feitas, seguindo normas técnicas do Incra e com base nas pesquisas de caráter legal feitas na região.
No momento da desapropriação da Maisa, o imóvel estava produzindo emapenas 223,1 hectares. Havia produção de acerola e caju. Comparado ao momento atual, as famílias assentadas estão
produzindo numa área quatro vezes maior que a encontrada pelo Incra. As 1.150 famílias que moram na Maisa têm acesso às condições de cidadania, com saúde, educação e postos de trabalho garantidos.
Hoje, as famílias assentadas vivem uma nova realidade no local. Elas trabalham na recuperação dos pomares existentes de acerola, manga e caju. Também lidam com plantio de frutas como a melancia e o melão, cuja produção passada trouxe ao imóvel o tráfego intenso de caminhões, que saíram lotados de frutas destinadas ao mercado local e internacional.
O plantio de batata doce, pimentão, tomate, jerimum, feijão, beterraba, alface, coentro, cebolinha, cenoura, pepino e couve está garantindo a merenda de estudantes das zonas rural e urbana de Mossoró, numa parceria com a prefeitura local. Isso sem falar na apicultura, com milhares de caixas de abelhas espalhadas pelos pomares, com garantia certa de venda e, portanto, renda para os trabalhadores assentados.
A Maisa também é um exemplo de organização social: o assentamento possui onze associações que trabalham com segurança alimentar, comercialização da produção, além da melhoria no poder de compra das famílias assentadas.
FONTE: INTERNET
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